quarta-feira, 30 de junho de 2010

Trabalho 017: “O gari e a máquina de refrigerantes”


Objetivo:

Desenvolver uma animação com um modelo previamente configurado.

O roteiro ficou em aberto, mas o argumento é baseado na situação:

  • O gari (ou algum outro personagem de sua escolha) encontra uma máquina de venda automática.
  • Insere dinheiro, mas a máquina não retorna o produto desejado.
  • Final aberto.

Um dos objetivos paralelos era utilizar na prática um modelo  preparado (envelopado e rigado) por cada aluno em um exercício anterior. Isso é realmente interessante, pois é uma boa oportunidade de se certificar que o setup está coerente e os controladores estão fáceis de utilizar.

Gari, o personagem:

Aviso de trapaça: Digamos que eu não sou o exemplo vivo de assiduidade, então é previsível que o rig de meu “gari” estava (muito) atrasado. Assim, simplesmente me “apropriei indevidamente” de um gari pré-rigado que estava perdido no diretório da rede (ops, era segredo).

Sim, isso me poupou um bom tempo posicionando bones, e relacionando link parameters, mas ao mesmo tempo me custou umas boas horas tentando entender a configuração e adaptando-o para uma forma que eu saberia lidar, afinal, não faço a mínima ideia de como mexer com “animation mixer”.

Um toque adicional foi incluir no bone da cabeça, um constrain de direção para um “nulo”, que vai definir para onde o personagem estará olhando.

Cenário:

Não é um requisito explícito, mas em se tratando de um trabalho sem cor e sem som, o aspecto visual se torna muito importante. Assim, vale a pena investir nos elementos de apoio que ajudam a preencher a cena.

Apesar de parecer complexo, os elementos de cenário não passam de um conjunto de extrusões e caixas de tamanhos variados.

A máquina:

Diferente do boné, da moeda e dos outros elementos, a máquina, por outro lado, precisava de um detalhamento melhor, afinal, trata-se do ator coadjuvante, que por causa do roteiro, precisava de uma malha maleável para permitir a deformação perto do final.

Produção

Após uma deprimente madrugada puxando controladores e marcando keyframes, o roteiro e a animação básica do personagem ficou pronta.

Como no trabalho anterior (“Adultério”), a preferência foi primeiro animar o personagem, para depois lidar com a câmera. Além de não achar nada prático ficar constantemente alternando entre câmera e personagem, acho que isso facilita muito na marcação do roteiro.

Terminado também os enquadramentos de câmeras, era hora de investir mais um pouco nos detalhes divertidos:

  • Boné vermelho: Efeito à “Lista de Schindler”, ajuda a firmar que aquilo que a máquina cospe no final é sem dúvidas o “boné”.
  • A bola de feno: Tem coisa melhor para mostrar morosidade e a passagem do tempo?

Por fim, pessoalmente penso que o resultado ficou muito bom. E sim, sinto muito orgulho desta ideia.

Tempo total de trabalho:
aprox. 12hs, ao longo de 3 dias.

PS.: Como aparentemente é também um exercício tradicional no curso, acredito que não seja tão difícil encontrar outras versões do “Gari” pela internet afora.

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